-Ó. Taí teu Frí. Não tinha maço, daí eu trouxe Box, mesmo.
-Tudo bem. Valeu.


-Eu fico puto, sabe?
-Puto com oquê?
-Com esses caras, aí.
-Que caras?
-Esses cariocas.
-Que que tem os cariocas, Mário Gildo?
-Que que tem os cariocas? Tudo! Tudo de ruim, ainda por cima!
-Por quê? Coitados dos cariocas.
-Coitados? Isso porque tu não viu o que aconteceu lá embaixo.O cara chegou pra mim e disse: "Ô, gente fina! Tem fogo?"
-Tá, e daí?
-Ah, pera lá! "Gente fina?" O cara chega me chamando de gente fina assim, na maior? Gente fina só porque ele quer acender o cigarro.
-Tá. Tu queria que ele te chamasse como?
-Pelo nome, ora!
-Mas como que ele vai saber o teu nome?
-Se não sabe não vem me pedir fogo! Vai pedir fogo pra vó dele, lá no rio.
-E como tu sabe que ele é carioca?
-Ah, só podia ser... Mocacin sem meia e camisa aberta, com correntinha de ouro e tudo.
-Hum...
-"Gente fina"? Ah, pera lá!

"Bolota", "Vassuncê", "Guloseima". Não são palavras Bângara? Como? Você nao sabe oque significa "Bângara"? Como não, poxa!? Tá. Eu explico. Nõo garanto que todos vão entender, but I'll do my best.
Quem inventou foi o Álvaro. Ele nunca me explicou direito, mas eu entendi. Basicamente, "Bângara" substitui qualquer adjetivo que o cara não consiga lembrar. Ou que ele esteja com preguiça de lembrar. Não é isso, Álvaro? Uma vez o Álvaro chegou a usar essa expressão na apresentação dum trabalho de história ("O capitalismo, ele é meio... Bângara..."), e teve que ficar explicando pro pessoal todo, inclusive a professora.
Pois bem. No casdo d'O Banco de Palavras Bângara, "Bângara" quer dizer... algo como "peculiar/divertido/estranho/engraçado". Saca?
Então pense naquela palavra que te faz rir no meio da aula (como, no meu caso, "x(ch)orume"), ou aquela que parece uma coisa, mas é outra (Traquinagem, que parece o nome de ume peça de carro) e contribua com O Banco de Palavras Bângara!





By the way: Bângara nao varia, nem em gênero, nem em número. Isso fui eu que inventei. Desculpa, Álvaro.