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sexta-feira, abril 16, 2004

Eu não podia mais adiar. Fazia meses que ele me pedia pra ir no apê e "dar uma olhada (, ver o que tu acha)"

Fui. How bad could it be, anyway?




-Que que tu acha? Ainda falta dar uns retoques, tá meio tosco.

Tava meio tosco, mesmo... Na real, tava bem pior doque isso. Tava medonho. Medonho, medonho. E agora? Que que eu ia dizer pro cara? Agora vai.

-Cara...

Eu não podia continuar. Parei e pensei: Dar a minha opinião sincera e estragar uma amizade de mais de dez anos, ou dizer que estava "ótimo" e iludir um amigo tão querido? Sabe o diabinho num ombro e o anjinho no outro? Era pior. Acho que os dois tavam bem indecisos. Foi difícil. Ele pressionou:

-"Cara..."?

-Tá... Medonho.

Silêncio. Ele deu mais uma boa olhada praquela coisa medonha. Silêncio. Suspense, tensão. Ai, ai, ai. Pô! Queria que eu dissesse oquê? Tava medonho mesmo! E o cara ainda ficou me enchendo o saco, até me pressionou! E agora? Será que ele me odeia? E se ele puxa uma faca e se mata? E se ele ME mata? E se ele se mata e depois me mata? Era melhor ter mentido.

-É... Tá mesmo.

UFA!







"Ufa", que coisa mais idiota. E eu sei, ele não poderia me matar depois de ter se matado.

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